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instalação / intervenção / espetáculo / performance / oficinas / vivências
dança + artes visuais + fios em movimento

"Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a sonhar!
E foi assim que minha tia Jandira foi me ensinando tantas coisas, junto com tantas outras mulheres de minha vida. Um VIVA à todas as Jandiras, filhas da terra e que nos ensinam sobre a vida, sobre as plantas que curam, as linhas que criam fios de prosas e segredos femininos; que nos ensinam sobre a lua, que nos ensinam sobre a força do ventre.
Quando pequena, minha tia me dava um crochê para me aquietar, e assim me ensinava a quietude das linhas e como escrever poesia através das rendas. Hoje é uma alegria poder compartilhar com as pessoas um pouco do que ela simboliza pra mim."

{ Jandiras } fala sobre questões ligadas ao feminino; sobre as relações que estabelecemos com o mundo, com as pessoas e com nós mesmos; como tudo está conectado por uma delicada renda social, política e ambiental; como nos influenciamos e nos afetamos o tempo todo; e como nosso corpo se expressa, se relaciona com tudo isso, e se modifica o tempo todo. Dança, performance, rendas, diálogos, cursos, vivências... { Jandiras } é um projeto que se desdobra em vários formatos e que fala sobre a poética de nossas cicatrizes, sobre a potência de cura e a adaptabilidade do corpo. Rendas e trabalhos manuais como forma de criação diálogos e de comunidades saudáveis. A arte como ritual, território sagrado e um corpo-lugar político.
DANÇA E PERFORMANCE
O projeto nasceu como uma performance no primeiro semestre de 2017, após convite para a abertura da mostra Fio da Meada, realizada no espaço The Mix Bazar (Campinas/SP) e que reuniu importantes artistas plásticos paulistas ligados ao contexto de criações com linhas e fios. A artista Hellen Audrey, que também atuou como curadora do projeto, concebeu o híbrido de improvisação em dança, performance e instalação de linhas { Jandiras } - mesmo nome da exposição com suas obras, inspiradas em rendas contemporâneas - em um modelo site specific.
Um ano depois, { Jandiras } ganhou também uma versão espetáculo de dança e instalação de linhas para espaços alternativos, e desde então, o projeto tem circulado por diversas unidades do SESC SP, em cidades como Campinas, Bauru (na ocasião da abertura da Exposição do Mestre Molina), Ribeirão Preto, São José dos Campos e São Paulo. Em 2018, o espetáculo também foi convidado para fazer uma série de quatro apresentações pelo Circuito Cultural Paulista, quando visitou as cidades de Santa Fé do Sul, Votuporanga, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
O espetáculo
Para o espetáculo, é montada uma ilha cênica com toda a iluminação e cenário em linhas. O público se coloca em toda a volta do espaço cênico para que ocorra a apresentação que costura cenas coreografadas, e improvisação em dança e rendas, criando diálogos direto com o público. O espetáculo também é costurado com uma triha sonora tecida ao vivo. Ao final, uma grande renda é construida ao vivo.

